Ontem fui ver ‘O Poderoso Gatsby’ no cinema, e além de toda produção, que realmente é absurda, da trilha que acompanha o filme inteiro e proporciona auges grandiosos, além da fotografia que não há palavras para descrever, o filme é extremamente sensível para quem consegue ver além de toda a produção.
Ele fala de moralidade, de crenças, de obstinações que colocamos além da vida e, para mim, ele fala principalmente sobre índole. E tudo isso me remeteu a uma bolha durante o filme, a qual estou até agora. Colocou-me para pensar em como as pessoas nos dão todos os sinais de quem elas são, e mesmo assim acreditamos no que queremos e por amor, ou não, seguimos firmes em segui-las ou fazer com que estejamos ao lado delas e elas ao nosso. Talvez por buscar o melhor delas e com isso o nosso melhor também.
Porém, o interesse, o jogo duplo, a falta de moralidade nos coloca em situações que não deveríamos jamais estar, situações que colocam em prova a nossa essência. Perdemos os sentidos e seguimos obstinados ao nada, em direção ao vazio, seguindo sonhos falidos ao lado de pessoas que já nos provaram que não valem a pena. Seguindo fraudes que nos levam para baixo quando acreditamos que, na verdade, isso dá sentido às nossas vidas.
Então, comecei a pensar quais são os meus verdadeiros sonhos, quais são minhas reais vontades e com quais pessoas eu quero estar por amá-las realmente. E o principal: qual é o valor destes meus sonhos? Eles valem o preço que eu pago para conquistá-los?
E senti medo em pensar que talvez sonhar além da conta seja o começo do fim. Talvez, sonhar de mais, mingue a possibilidade de novos sonhos possíveis. E mesmo que você lute muito por estes sonhos, o passado é um só. Ele estará ali para mostrar uma verdade da qual você já viveu, uma verdade que mostra quem essas pessoas são. E na maioria das vezes, por mais que você deseje ver o melhor delas, elas não estão interessadas em te dar o seu melhor. Elas não querem uma segunda chance.
“Não” para as pessoas de índole fraca que são corrompidas por status, grana e luxuria. Elas não estão por você, elas não estão por ninguém além delas mesma.
E isso te basta? À mim não, por isso, tá na hora de mudar o rumo da vida mais uma vez. De reavaliar sonhos, caminhos e as relações.